Neste 8 de março, escolhemos partilhar convosco não um poema sobre a mulher (haverá algum que lhe faça verdadeiramente jus?!), mas sim um poema que nos faz pensar em todas vós, de uma grande poetiza nossa, Sophia de Mello Breyner Andresen:
“Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A força dos meus sonhos é tão forte,
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias.”
Porquê? Porque, na verdade, todos os dias:
As vossas mãos oferecem colo e multiplicam amor;
Às vossas mãos a terra árida torna-se terreno fértil;
Das vossas mãos transbordam os maiores sonhos do mundo;
Nas vossas há sempre tempo e espaço para todos;
Pelas vossas mãos de fé se vai tecendo o mais virtuoso futuro de todos.
Numa casa onde isto acontece e que, por isso e por vós, nunca será ruína e sempre será renovação e esperança, todos os dias são vossos e são tão melhores e mais felizes por isso!